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10 de agosto de 2020De 1 a 7 de agosto é comemorada a Semana Mundial da Amamentação. A data, criada em 1948 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), busca incentivar a amamentação e divulgar os benefícios dela para o bebê e também para as mães. Por isso, eu resolvi falar sobre a relação entre amamentação e cirurgia plástica para vocês.
A maternidade é um momento especial na vida da mulher, mas causa mudanças no corpo que, muitas vezes, podem não agradar. Por isso, “quando operar após o parto”, é uma das principais dúvidas que escuto no meu consultório das novas e futuras mamães.
Entretanto, após o parto, é preciso esperar até o momento ideal para operar. Até porque algumas alterações no corpo da mulher se mantêm até o final da amamentação. Um dos empecilhos é que os remédios do pós-operatório interferem na qualidade do leite. Além disso, a amamentação provoca uma série de alterações hormonais nas mulheres e o retrocesso delas podem afetar o resultado da cirurgia. Por isso, o recomendável é esperar pelo menos 6 meses após o término da lactação para recorrer a uma cirurgia plástica. E, dependendo do procedimento realizado, como a abdominoplastia, não é aconselhável uma nova gravidez.
FIZ MAMOPLASTIA REDUTORA, POSSO AMAMENTAR?
Em uma revisão sistemática publicada em 2010 no periódico Journal of Plastic, Reconstructive & Aesthetic Surgery, publicação oficial da Associação Britânica de Cirurgiões Plásticos, Reconstrutivos e Estéticos, os autores recorreram à literatura internacional para estudar a possibilidade de amamentar por, no mínimo, seis meses após a mamoplastia. Para isso, investigaram tudo o que foi publicado sobre o tema desde o ano de 1950 até 2008.
Os resultados que obtiveram nessa vasta pesquisa foram muito animadores: não parece haver nenhuma diferença na capacidade de amamentar após a mamoplastia redutora em comparação com mulheres que não fizeram o procedimento. E, o mais importante: a pesquisa mostrou que as dificuldades relacionadas à amamentação nessas condições parecem ser mais explicadas por questões psicossociais relacionadas ao aconselhamento recebido dos profissionais de saúde do que pela incapacidade física de amamentar.
COMO FACILITAR A AMAMENTAÇÃO APÓS A REDUÇÃO DE MAMAS
• O que define a quantidade de leite produzido é a demanda do bebê: quanto mais ele mamar maior será o estímulo para a produção.
• Para mulheres que fizeram mamoplastia redutora, é possível dar uma mãozinha ao ordenar o leite nas primeiras semanas. Neste caso, bombinhas elétricas ou manuais podem ser muito benéficas.
• Em caso de baixa produção de leite, é possível recorrer à relactação, que consiste em conduzir o leite, materno ou não, até a ponta do mamilo por meio de uma sonda. Assim, o bebê suga o bico do seio e a sonda ao mesmo tempo, se alimentando e estimulando a produção de leite pela mãe.
QUANDO NÃO É POSSÍVEL AMAMENTAR APÓS A MAMOPLASTIA?
Os raros casos em que isso acontece são quando, na incisão da aréola, há uma retirada excessiva de ductos mamários, o que só acontece de maneira irreversível em implantes de volumes muito grandes. Nesses casos, o médico deverá orientar a paciente antes da cirurgia, indicar outra incisão e explicar os riscos.
BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO PARA O BEBÊ
• Previne doenças e diminui a taxa de mortalidade.
• Diminui as chances do bebê ter alergias.
• Diminui a cólica dos primeiros meses.
• Acalma o bebê.
• O leite está na temperatura correta e, por isso, não há perigo de queimar o bebê.
• Diminui o risco do bebê ter doenças mentais.
BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO PARA A MÃE
• Combate a hemorragia pós-parto e acelera a recuperação da mulher.
• Facilita a perda de peso.
• Diminui o risco de câncer de mama, endométrio e ovário.
• Diminui o risco de desenvolver diabetes tipo 2 na mãe.
• Não é necessário esterilizar nenhum utensílio e, por isso, pode acontecer em qualquer local.